A Prefeitura de Campos, anunciou na tarde desta sexta-feira (17), que concluiu as obras da cobertura metálica para a proteção do Solar dos Airizes – prédio secular de dois pavimentos, com senzala no térreo.

Situado às margens da BR-356, na localidade de Martins Lage, o imóvel é tombado desde 1940 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de acordo com o governo municipal, será totalmente restaurado.

Ainda segundo o município, a obra foi executada em duas etapas. Na primeira, foram realizadas as obras da construção civil (escavação para a fundação e sapatas de concreto para suportar as colunas metálicas) e, a segunda foi realizada fora do local e constou da fabricação das colunas e superestrutura das lâminas metálicas que formam a cobertura, que alcança 15m de altura e 50m de comprimento.

O Solar dos Airizes foi construído no século XIX e é uma edificação em estilo colonial, em formato de “U”, com 45 metros de comprimento, localizado ao lado da BR-356, entre Campos e São João da Barra. A Secretaria de Obras e Infraestrutura construiu esta primeira fase da obra, com recursos da Prefeitura, e o objetivo foi criar uma proteção do prédio das intempéries. Agora, segue o trabalho de escoramento das paredes.

“O reboco e o telhado estão bastante deteriorados, mas também a estrutura está comprometida em alguns setores do prédio. A obra para recuperação do Solar dos Airizes é uma conquista para a população de Campos, pela importância histórica que esse solar representa. O esforço do prefeito Wladimir Garotinho para essa conquista histórica deve ser reconhecido. Ele se empenhou pessoalmente, junto à sociedade civil e no âmbito político e de governança, para tornar esse projeto realidade. O prefeito viabilizou uma PPP (Parceria Público Privada) ao obter em Brasília a aprovação de recursos para o projeto de restauração por meio da Lei Rouanet”, observa Fabrício Ribeiro.

De acordo com a pasta, a PPP foi consolidada com a empresa Ferroport que, por meio da Lei Rouanet, fará aporte de recursos para custear os trabalhos de restauro arquitetônico do patrimônio histórico que ficou conhecido em todo Brasil e no exterior porque foi cenário de gravação da novela Escrava Isaura, dramaturgia com base no romance do poeta Bernardo Guimarães sobre a escravidão.

Segundo a Prefeitura, o contrato com a firma Bruta Empreendimentos Ltda consta no valor de R$ 2.991.999,95 para os serviços de escoramento, reconstrução do telhado e demais obras de restauração, preservação e conservação do prédio histórico, uma construção colonial do século XIX que foi sede de fazenda e, mais tarde, residência de Alberto Ribeiro Lamego, engenheiro e pesquisador que muito contribuiu para o desenvolvimento do setor canavieiro em Campos e no Brasil.

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