Uenf forma primeira turma de Moda Afro Centrada

Foto: Divulgação/ Itep/Uenf

O mês de abril de 2024 marcou a formação da primeira turma de Moda Afro Centrada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Através de iniciativa da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (Itep), programa de extensão da Uenf, sete novos costureiros desenvolveram uma nova linha de confecção étnica, baseada na ressignificação da cultura africana.

O resultado foi apresentado pelos novos profissionais em uma intervenção urbana no último dia 19, se iniciando nas dependências da universidade e se estendendo ao Guarus Plaza e o Boulevard Shopping – onde a coleção permanece em exposição.

O projeto teve início em julho do ano passado, em parceria com a Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sirdh), adaptando o curso de costura criativa que já era hospedado na Itep/Uenf, para o curso de costura de confecção, visando impulsionar os alunos para o mercado de trabalho e formar novos agentes de moda na cidade.

“Muito além de ensiná-los a dominar técnicas de costura e modelagem, nosso intuito sempre foi contribuir com uma mudança no jeito de vestir da população negra de Campos”, declarou a coordenadora do programa, Nilza Franco.

Além de atuar como uma das professoras do curso, a artista Mariana Nagib foi a responsável pelo planejamento e a supervisão das aulas. Após nove meses de trabalho, uma coleção inovadora foi para a rua, dando ênfase aos movimentos de resistência da população negra.

“Coordenar o projeto foi um misto de desafios e realizações. Como agente de moda, já observava que o panorama da relação de pessoas negras com o segmento estava para além de um papel de empoderamento. Está também na defesa de um racismo estrutural, onde essas pessoas precisam estar sempre bem vestidas para terem acessos”, disse Mariana. E acrescentou, sobre a experiência de ver o projeto acontecer:

“Foi bonito observar na prática, alunos tão comprometidos com suas histórias e ancestralidades, testemunhar o encontro de pessoas com realidades muitos distintas mas que se reconheciam nas dores, reconhecer seus esforços desmedidos para alcançar o objetivo de chegar onde estamos agora, cheios de conhecimento e ideias revolucionárias para pôr em prática”, concluiu.

Foto: Divulgação/ Itep/Uenf

Novos agentes de moda

Amailde Maria da Costa, Cleo Leite, Deniza Gonçalves, Edna de Jesus, Rossini Reis, Samuel Pereira e Vera Lúcia Rosa são os novos costureiros e agentes de moda formados pela Itep/Uenf.

A servidora pública Edna de Jesus desenvolveu o projeto Afro Livre – Liberdade para Criar.

“Antes de entrar no curso, eu só fazia pequenos trabalhos de costuras, crochê e customizações. Após fazer parte do projeto, pude me aperfeiçoar e passar a colocar em prática, todo o conhecimento adquirido. Hoje passo a ter uma nova visão empreendedora, graças ao curso de moda afrocentrada, uma iniciativa que já se tornou realidade e valoriza a beleza da moda afro como ela merece”, destacou.

Advogado, ator, pedagogo e servidor público, Rossini Reis está cursando atualmente pós-graduação em História dos Povos Indígenas e Africanos no Brasil. Ele idealizou e entregou o projeto Africanizando.

“A ideia é despertar a identidade e valorização da cultura afro, trazendo orgulho para os descendentes de negros africanos no Brasil. Dessa forma, a moda pode colaborar sendo o cartão de visita desse novo ser que se reconhece como negro e não tem medo de mostrar as suas raízes. E é assim que quero levar a moda afro centrada para todos, ressignificando a minha existência e contagiando a todos com o orgulho de ser o que sou”, enfatiza Rossini.

Instrutora da área têxtil, Angelita Carvalho trabalha ensinando desenvolvimento em máquinas industriais há 20 anos. Ela, que ministrou as aulas durante todo o curso de Moda Afro Centrada, afirma que se sentiu realizada ensinando costura para esses jovens negros, agora novos profissionais formados pela Uenf:

“A troca de conhecimento é fantástica. Além disso, estar diante de tanta beleza que a moda afro nos proporciona é um privilégio. Como mulher umbandista, me sinto também lisongeada de poder estar ensinando ferramentas para produção de roupas de orixás e cultuando a ancestralidade da religiosidade africana”, declarou.

Fonte: Ascom/Uenf

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