Nicolás Maduro discursou na madrugada desta segunda-feira (29) após o CNE ter anunciado sua vitória nas eleições para presidente da Venezuela.
O presidente defendeu o sistema eleitoral venezuelano, alegando que houve auditoria e revisão dos resultados. Não está claro se a fala foi uma indireta específica ao Brasil ou a outros países — na última quarta, ele havia mentido dizendo que não havia auditoria no processo eleitoral brasileiro.
Maduro chamou seus adversários de fascistas e puxou um coro de “Viva Chávez” em frente ao Palácio de Miraflores, a sede do Executivo — seu antecessor, morto em 2013, completaria 70 anos neste dia 28.
O chavista afirmou também que o sistema eleitoral venezuelano sofreu “ataque hacker massivo”: “Já sabemos de que país ele veio”, sem citar qual.
“O fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará”, diz Nicolás Maduro em meio a discurso de vitória.
Maduro afirma que haverá “paz, estabilidade e justiça” no país a partir deste 28 de julho, dia das eleições presidenciais.
Em seu discurso, ele citou o presidente argentino, Javier Milei, chamando-o de “sociopata sádico”, “fascista”, “vendido” e “traidor da pátria”, entre outros xingamentos.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) afirmou que Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições realizadas neste domingo (28) com 51,2% dos votos com 80% das unas apuradas. A oposição ainda não se manifestou.
O anúncio ocorre após horas de indefinição (em 2018, os resultados foram divulgados no mesmo dia da eleição, no horário de Brasília) e em meio a queixas da oposição de irregularidades na apuração dos votos por parte da oposição, que pediu a seus apoiadores para fazerem uma vigília nos locais de votação e viabilizar uma contagem paralela dos votos.
Antes da divulgação feita pelo CNE, tanto a oposição quanto o governo manifestaram otimismo com os resultados.
González afirmou que “os resultados são inocultáveis” e que “o país escolheu uma mudança em paz”
Maduro não se manifestou. Aliados, entretanto, indicaram acreditar numa vitória do presidente. “Não podemos dar resultados, mas podemos dar rostos”, disse Jorge Rodríguez, coordenador da campanha de Maduro, apontando o dedo para o rosto e sorrindo.
Nicolás Maduro vence eleição na Venezuela
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que “a vontade do povo venezuelano deve ser respeitada” e o subsecretário americano para a América Latina, Brian Nichols, disse que cabia às autoridades eleitorais “garantir a transparência e o acesso a todos os partidos políticos e a sociedade civil à contagem” dos votos.
O presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que “a entrega dos resultados desta eleição transcendental para a Venezuela devem ser transparentes, oportunas e refletir integramente a vontade popular expressa nas urnas”.
Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais de Lula, disse esperar que o resultado seja respeitado por todos os candidatos.
Já o presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que os venezuelanos “escolheram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro.” Em resposta, o chanceler venezuelano, Yvan Gil, disse que o governo teve uma “vitória esmagadora”.
O presidente Nicolás Maduro se dirige a apoiadores reunidos em frente ao palácio presidencial de Miraflores depois que as autoridades eleitorais o declararam vencedor das eleições presidenciais na
O presidente Nicolás Maduro se dirige a apoiadores reunidos em frente ao palácio presidencial de Miraflores depois que as autoridades eleitorais o declararam vencedor das eleições presidenciais na
Votação teve longas filas e clima tranquilo
Apesar do clima de tensão – o pleito de 2024 foi considerado o mais desafiador para o chavismo em seus 25 anos – a votação ocorreu sem grandes episódios de violência.
Fonte: G1
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