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A Firjan Norte Fluminense divulgou nesta terça-feira (27) que enviou uma carta ao prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (PP), expressando preocupação com a proibição da circulação de veículos de carga no centro da cidade.
Wladimir anunciou nesta segunda-feira (26), que a Guarda e Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) vão implantar barreiras em pontos do Centro e das avenidas Arthur Bernardes e 28 de Março a partir do dia 1º de setembro, para bloquear a circulação de veículos pesados.
Para a Firjan, a medida causará impactos negativos significativos para a economia local, afetando diretamente as operações das empresas locais e a logística.
“A federação compreende a urgência da situação e a necessidade de uma medida contundente para melhorar a mobilidade e evitar acidentes, diante da paralisação das obras da Estrada dos Ceramistas, que se arrasta há um ano. Mas entendemos que um problema não deve provocar outro com impactos ainda maiores. A federação vem buscando mobilizar o poder público por uma resolução – a última vez no dia 15 deste mês, numa reunião com o governador Cláudio Castro. É preciso que os agentes públicos busquem com urgência um entendimento a respeito, mas a federação entende que esta proibição, se confirmada, geraria um novo problema, com novos impactos no crescimento econômico e na geração e manutenção de empregos”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira.
Francisco Roberto enfatizou ainda que a federação está à disposição da prefeitura para colaborar na busca de soluções que equilibrem a melhoria do trânsito com a manutenção da vitalidade econômica.
Impactos
Na carta enviada ao prefeito, a Firjan destacou o impacto logístico, por exemplo, no Distrito Industrial de Campos, que abriga empresas essenciais para a economia local. Além disso, segundo a federação, estima-se que cerca de 12 mil caminhões mensais utilizem o Porto do Açu para importação e exportação e, com a proibição da circulação desses caminhões, haveria o risco de impacto direto nos empregos, e o risco indireto nas empresas de Campos que prestam serviços para o Porto.
Ainda de acordo com a Firjan, o Polo Ceramista também pode sofrer efeitos negativos, destacando que o setor seria o maior do estado, com cerca de 3 mil empregos e 60 milhões de peças produzidas por mês.
Por fim, a Firjan Norte Fluminense deu ênfase ao papel vital da indústria na economia de Campos e da região Norte Fluminense:
“Com um PIB regional de R$ 26,4 bilhões, a indústria é responsável por 58% desse valor, sendo Campos a maior economia da região. O município é um polo industrial que emprega mais de 62 mil trabalhadores e é conhecido pela exploração de petróleo na Bacia de Campos, além de outras indústrias importantes, como construção civil, alimentos e bebidas, metalmecânica e agroindústria”, finalizou a nota.
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