O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (29), superando R$ 6,06 no início do pregão, o maior valor registrado desde ontem, quando atingiu a marca histórica de R$ 6. Na quinta-feira, a moeda fechou em R$ 5,9891, com alta de 1,30%. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 2,40%, registrando sua maior queda diária em quase dois anos.
Os movimentos do mercado refletem as reações ao pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A proposta inclui cortes de R$ 70 bilhões em despesas públicas entre 2025 e 2026 e R$ 327 bilhões até 2030. Contudo, a isenção do imposto de renda para pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil, também parte do pacote, gerou incertezas. Segundo Haddad, a medida, estimada em R$ 35 bilhões, seria compensada por uma taxação progressiva sobre os mais ricos, com alíquotas de até 10% para rendimentos anuais acima de R$ 600 mil.
Além do cenário fiscal, os investidores avaliaram dados de emprego divulgados pelo IBGE. A taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível da série histórica da PNAD Contínua.
A resposta dos mercados ao pacote fiscal e aos dados de emprego aponta para uma tensão contínua entre a busca por equilíbrio fiscal e a percepção de risco sobre a economia brasileira.
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