Cristina Buarque morre aos 74 anos e deixa legado de devoção ao samba

Cristina Buarque (Reprodução)

A música brasileira perdeu neste domingo de Páscoa, 20 de abril, uma de suas mais devotadas intérpretes do samba. Morreu, aos 74 anos, a cantora Cristina Buarque, vítima de complicações decorrentes de um câncer. Discreta e avessa à exposição, Cristina construiu ao longo de quase seis décadas uma carreira admirada por sua coerência artística e reverência aos mestres da velha guarda.

Nascida em São Paulo em 1950 e criada no Rio de Janeiro, Maria Christina Buarque de Hollanda estreou como cantora em 1967, identificando-se apenas como Cristina. Foi convidada pelo compositor Paulo Vanzolini para participar do álbum Onze sambas e uma capoeira, dando voz ao samba Chorava no meio da rua. No ano seguinte, dividiu com o irmão, Chico Buarque, a interpretação da canção Sem fantasia, no terceiro disco do compositor.

Apesar do sobrenome célebre, Cristina sempre fez questão de traçar seu próprio caminho, recusando-se a explorar a fama de Chico. Desde o início de sua discografia solo, com o álbum Cristina (1974), revelou sua afinidade com sambistas como Cartola, Noel Rosa, Ismael Silva, Ivone Lara e Manacéa, de quem gravou a obra-prima Quantas lágrimas e, mais tarde, Sempre teu amor.

Seu trabalho se tornou referência para novas gerações de intérpretes da música brasileira. A cantora Marisa Monte conheceu o samba Esta melodia, de Bubu da Portela e Jamelão, por meio do disco Prato e faca (1976), e o regravou quase duas décadas depois. Mônica Salmaso é outro nome que reconheceu em Cristina um farol artístico.

Cristina lançou álbuns marcantes como Arrebém (1978), Vejo amanhecer (1980), Cristina (1981) e Resgate (1994), todos guiados pela mesma curadoria sensível e respeitosa ao universo do samba. Em 1995, ao lado do cavaquinista Henrique Cazes, gravou um disco dedicado à obra de Noel Rosa, assumindo pela primeira vez o nome artístico completo de Cristina Buarque.

Para os bambas do samba, ela sempre foi um nome maior. Não pelo volume da voz, mas pela imensidão do repertório, do afeto e da entrega. Uma pescadora de pérolas do samba que parte deixando luz para os que ficam.

Com informações do G1

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