Apoio|Rafael Vasconcelos com parte da equipe de fisioterapeutas (Fotos: Divulgação)
No dia 13 de outubro, o Brasil comemora o Dia do Fisioterapeuta e celebra o trabalho e a dedicação desses profissionais essenciais para a saúde e reabilitação de pacientes. No Hospital Geral Dr. Beda, em Campos dos Goytacazes, o caso emocionante envolvendo o jovem Rafael Vasconcelos, de 18 anos, ressalta a importância da fisioterapia na recuperação de pacientes com sequelas graves. Ele foi vítima de uma tentativa de assalto, atingido por um tiro na coluna, o que resultou em sua paraplegia. No último dia 10, Rafael teve alta hospitalar e começará uma nova fase em sua jornada.
Durante sua internação, que durou um mês, Rafael recebeu atendimento especializado, que incluiu fisioterapia respiratória e motora, com foco na reabilitação e na adaptação às novas condições de vida. A equipe de fisioterapeutas do Hospital Dr. Beda trabalhou arduamente para ajudá-lo a desenvolver força muscular e autonomia. Simone Nolasco, gerente de fisioterapia ambulatorial e hospitalar, resumiu o atendimento.
“O caso do Rafael foi uma lição de vida e aprendizado para toda a equipe. Na UTI, Rafael chegou lúcido, mas lidando com as consequências do disparo que atingiu uma área crítica de sua coluna, impossibilitando a remoção da bala e resultando em sequelas permanentes. A reabilitação começou desde o tratamento inicial, focando em aspectos respiratórios, já que o jovem apresentou complicações como pneumonia. Trabalhamos para recuperar a autonomia respiratória e a funcionalidade do corpo. Usamos a eletroestimulação para preservar o tônus muscular e a circulação”, explicou.
Ao receber alta hospitalar no dia 10 de outubro, Rafael Vasconcelos inicia um novo ciclo de reabilitação ambulatorial. A equipe de fisioterapia forneceu orientações detalhadas à família sobre como adaptar o lar às novas necessidades do jovem, incluindo a aquisição de cadeira de rodas e adequações no ambiente. Antes de deixar o hospital, Rafael Vasconcelos conversou sobre o seu processo de recuperação. Com bom humor e disposição, ele não dispensa positividade e esperança por dias melhores. “Me sinto bem. Motivado e bastante esperançoso. Sei que Deus está preparando o melhor para mim. Recebi apoio de todos no hospital. Isso me motiva a cada dia também; me motiva ler cada mensagem de pessoas que eu até mesmo não conheço. Fico muito feliz por isso”, contou.
A irmã de Rafael, Nathalia Vasconcelos, expressou seu apoio. “Desejo que ele tenha muito mais força, resiliência e fé nesse momento. Deus jamais o abandonará! Eu estarei sempre ao lado dele, apoiando no que for. Quero que ele seja um exemplo de superação. Foi e continua sendo um momento delicado para todos nós. O apoio e força que recebemos são muito importantes. Cada palavra de conforto, oração e gesto de solidariedade nos mostram que não estamos sós e o quanto Rafael é amado”.
Reflexões e reabilitação
No Dia do Fisioterapeuta, a história de Rafael Vasconcelos ressalta a importância desses profissionais que ajudam a restaurar não apenas a capacidade física, mas também a esperança e a qualidade de vida de seus pacientes.
“Uma frase que carrego comigo é do Fabrício Carpinejar que diz ‘o diagnóstico não é destino’. O diagnóstico é uma jornada, e você escolhe como vai vivê-la. Rafael manteve o sorriso no rosto, a gentileza, o carinho e a forma como sempre nos recebeu no quarto, a equipe que o atende. Ele nos ensinou muito sobre não ser revoltado. O destino final é a maneira como ele escolherá viver. E, a partir daí, novos sonhos surgirão”, considera Simone Nolasco.
Rafael Vasconcelos faz projetos. ”Tenho planos e sonhos. Quero voltar a ser independente. Isso é o que mais penso no momento. Sei que isso pode demorar um pouco, porém irei conseguir”, finaliza.
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