A Economia Prateada e o Poder Econômico da População 45+

Nos últimos anos, a demografia brasileira tem passado por uma transformação significativa, marcada pelo envelhecimento progressivo da população; O total de pessoas com 65 anos ou mais no país chegou a 10,9% da população em 2022, com um total de 22.169.101 pessoas. Esse fenômeno, conhecido como transição demográfica, apresenta desafios e oportunidades para diversos setores econômicos e sociais. Outro ponto significativo é que a grande maioria do público sênior no possui renda própria; Segundo estudo da Pipe Social e Hype60+, cerca de 86% das pessoas com mais de 55 anos têm fontes de renda e entre aqueles com mais de 75 anos, esse índice é de 93%. A economia prateada ganha destaque, representando o conjunto de atividades econômicas voltadas para as necessidades e demandas da população com 45 anos ou mais. Este grupo etário, possui um considerável poder econômico e influencia significativamente a economia brasileira.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil tem aumentado consistentemente. Em 2021, a expectativa de vida ao nascer era de aproximadamente 76,8 anos, um aumento considerável em comparação com décadas anteriores. Com o envelhecimento da população, estima-se que até 2050, cerca de 30% dos brasileiros terão 60 anos ou mais. Lembrando que tivemos um impacto negativo na expectativa de vida durante a pandemia da COVID-19, devido ao maior risco para o público 60+, principalmente aqueles que apresentavam comorbidades.

Essa mudança demográfica reflete-se em uma maior concentração de indivíduos na faixa etária de 45 anos ou mais, um segmento que tradicionalmente possui maior estabilidade financeira, maior patrimônio acumulado e padrões de consumo distintos. Este grupo apresenta uma diversificação em termos de saúde, educação, interesses e estilos de vida, influenciando diretamente o mercado de bens e serviços.

A população 45+ no Brasil representa uma parcela significativa do poder de compra e da força econômica, movimentando cerca de R$ 2 trilhões ao ano. Este grupo é geralmente composto por pessoas em pleno exercício profissional, indivíduos que já alcançaram altos postos em suas carreiras e aposentados com renda estável.

O poder econômico dos 45+ se manifesta de várias formas sob demanda por serviços de saúde, bem-estar, turismo e atualização profissional. Neste segmento consome produtos farmacêuticos, tratamentos médicos especializados, academias voltadas para a terceira idade, e terapias alternativas. O mercado de planos de saúde e seguros também se beneficia dessa demanda crescente; No turismo, estes indivíduos tendem a viajar mais, tanto nacional quanto internacionalmente, em busca experiências de turismo de qualidade, com ênfase em conforto e segurança; Muitos procuram atualização profissional ou novos conhecimentos, seja por meio de cursos de extensão, pós-graduações ou atividades recreativas, como cursos de idiomas e artes.

O mercado de imóveis também tem sido aquecido, já que a busca por imóveis adaptados às necessidades da idade também são latentes, como apartamentos com acessibilidade, serviços de portaria e proximidade de centros médicos. O setor de construção civil tem observado um aumento na demanda por residências planejadas para idosos.

Apesar do estereótipo de que idosos são avessos à tecnologia, muitos têm se adaptado e se beneficiado de inovações tecnológicas. O uso de smartphones, tablets e dispositivos de saúde conectados. Empresas que desenvolvem tecnologias amigáveis para idosos encontram um mercado promissor.

A crescente importância da população 45+ apresenta tanto desafios quanto oportunidades para a economia brasileira. A sociedade muitas vezes subestima as capacidades e contribuições dos mais velhos, um fenômeno conhecido como ageismo. Isso pode levar à exclusão dessa população de oportunidades de emprego e desenvolvimento pessoal. Empresas e governos precisam trabalhar para combater esses preconceitos, promovendo inclusão e valorização dos mais velhos.

Há uma necessidade urgente de políticas públicas que atendam às necessidades específicas dessa faixa etária. Isso inclui desde melhorias na infraestrutura urbana, calçadas acessíveis, transporte público adequado e até a criação de programas de saúde e bem-estar voltados para os idosos.

No mercado de trabalho, com o aumento da expectativa de vida, muitos indivíduos desejam ou precisam continuar trabalhando após os 60 anos. Empresas precisam adaptar suas políticas de recursos humanos para incluir programas de requalificação e flexibilidade para trabalhadores mais velhos.

A população 45+ tem se destacado também no campo do empreendedorismo. Segundo estudo da Harvard Business Review, a idade ideal para ter sucesso com uma startup é aos 45 anos e mais, principalmente para empreendedores de tecnologia. Muitos iniciam novos negócios após a aposentadoria ou mesmo durante a meia-idade, trazendo consigo vasta experiência e redes de contato. Startups focadas em produtos e serviços para idosos estão surgindo, beneficiando-se de um mercado em expansão; Serviços de assistência pessoal, como cuidadores, serviços de saúde domiciliar, e empresas que oferecem conveniências adaptadas, entrega de medicamentos e alimentação balanceada estão em crescimento. Há também uma crescente demanda por serviços de entretenimento e cultura, como teatros, cinemas e eventos sociais adaptados para essa faixa etária.

Na formação continuada, instituições de ensino podem explorar programas específicos para o público 45+, oferecendo desde cursos de capacitação profissional até atividades recreativas e culturais. A educação continuada é um campo fértil para inovação, com potencial para parcerias público-privadas.

A economia prateada representa um setor de grande importância para a Economia Brasileira, como ferramenta de justiça social e uma estratégia inteligente de desenvolvimento econômico. A população 45+ não é apenas numerosa, mas também poderosa em termos econômicos e de influência. Com o envelhecimento da população, é essencial que empresas e governos reconheçam e respondam às necessidades e aspirações destes indivíduos. A chave está em enxergar o grupo dos 45+ não apenas como consumidores, mas como agentes ativos e valiosos de transformação econômica e social.

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