Nem só de velocidade se faz uma maratona. Na 24ª edição da Maratona do Rio, o que mais tocou o coração das pessoas foi a solidariedade: gestos humanos: gente parando para ajudar, dividindo água, fôlego, palavras de incentivo — e até pegando o outro no colo.
Em meio à multidão de 60 mil atletas, surgiram cenas que lembram que, mesmo em uma competição, o espírito de coletividade ainda é o que mais importa. Durante os quatro dias de evento, quem esteve nas ruas do Rio viu muito mais que atletas cruzando a cidade.
Viu histórias se cruzando, mãos se estendendo e pernas se unindo para chegar até a linha de chegada. Em um vídeo que circula nas redes sociais, por exemplo, um corredor exausto é amparado por outros dois atletas, que o levam quase nos braços, numa cena de arrepiar. Enquanto o mundo corre, há quem ainda olhe para o lado. E isso é bonito demais.
A maior edição da história
Um dos momentos mais compartilhados foi o de um pai que correu com a filha no colo até a linha de chegada. Em outro, um grupo de corredores empurra um companheiro visivelmente cansado, enquanto o público aplaude emocionado. Pequenos grandes gestos que transformam a corrida em um espetáculo de humanidade.
A Maratona do Rio 2024 já entrou para a história como a maior de todos os tempos. Com 60 mil participantes — 33% a mais que em 2023 — a cidade foi tomada por corredores e apaixonados por esporte, vindos de todas as regiões do Brasil. Foram quatro dias de celebração, energia e superação.
Mais que um evento esportivo, a maratona se transformou em um verdadeiro festival. Shows, atividades culturais e ações de bem-estar tomaram conta da cidade, dando um clima festivo a cada esquina. Famílias inteiras ocuparam as orlas e pontos turísticos para torcer, se exercitar ou simplesmente viver o clima inspirador da competição.
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Turismo esportivo em alta
E o impacto disso tudo foi enorme. De acordo com o Instituto Fecomércio de Pesquisas (IFec RJ), a maratona movimentou cerca de R$ 355 milhões na economia carioca, com mais de 2,8 mil empregos gerados — entre diretos e indiretos. Hotéis, bares, restaurantes e transportes estiveram lotados, num reflexo claro de como o esporte também é motor econômico.
Um detalhe curioso mostra a força crescente do turismo esportivo no Brasil: 85% dos corredores que participaram da maratona não são do Rio. Gente que viajou de longe, muitas vezes em família, para correr, torcer e aproveitar a cidade. Foram dias em que o Rio virou palco para atletas de todas as idades, origens e histórias.
Além de movimentar o turismo, esses visitantes contribuíram para espalhar ainda mais a beleza do evento. Nas redes sociais, fotos e vídeos circularam o Brasil e o mundo, mostrando o visual deslumbrante da corrida, o clima de festa e, principalmente, os atos de solidariedade entre os atletas.
Uma maratona que inspira
Muito além das medalhas e dos troféus, a Maratona do Rio 2024 mostrou que correr pode ser, também, um ato de empatia.
A cada quilômetro, uma nova história. A cada esquina, um gesto bonito. E, no fim, a certeza de que quando a gente se une, todo mundo chega mais longe.
Foi assim que a maratona deste ano se tornou inesquecível. Não apenas pelo tamanho, pelos números ou pelo cenário de tirar o fôlego — mas por lembrar a todos que, mesmo quando o cansaço bate, sempre há alguém disposto a estender a mão.
Assista ao vídeo:
