O passado criminoso de um dos maiores campeões da música pop dos anos 80

Nas paradas de sucesso entre o final dos anos 70 e início dos 80, um dos nomes onipresentes era o do cantor, compositor e instrumentista americano Christopher Cross. Um giro no dial (nota da redação: consulte o Google) e lá estava ele em diferentes estações de rádio, com sua voz suave, melodias fáceis e guitarras ingenuamente distorcidas, entoando hits como Ride Like the Wind. Cinco prêmios Grammy e um Oscar de melhor canção com Arthur’s Theme, tema do filme do mesmo nome, pareciam só o começo de uma carreira de alguém destinado a se manter no topo por décadas.

Ocorreu justamente o contrário. A inspiração foi secando e o carisma de um cinzeiro que inviabilizava a produção de videoclipes elaborados destinaram o rapaz ao limbo, um esquecimento que se aprofundou de vez após o estouro da era MTV . Sem gravar inéditas desde o final da década de 90,  Christopher só era lembrado até aqui por ocasião de escavações nos sítios arqueológicos dos antigos hit parades ou graças ao culto de nostalgia de quem namorou no carro ao som da balada Sailing.

Mais eis que o nome dele deve ressurgir com o lançamento no próximo dia 29 de um documentário no qual Christopher é uma das estrelas. Produzido pela HBO, o filme em questão, Yacht Rock: A Dockumentary, aborda o sucesso de artistas que foram os campeões do chamado “soft rock”, gênero sob o qual foram colocadas as canções simples e pegajosas lançadas a partir dos anos 70. Eram casos clássicos de sucesso absoluto de público e de fracasso de crítica. A tampa de caixão veio com a criação do termo que ironizou a turma, chamando o movimento de yacht rock. A explicação: eram canções bobinhas, feitas sob medida para animar festinhas a bordo de iates ou que serviam de trilha sonora para entreter os endinheirados proprietários dessas embarcações durante seus cruzeiros.  

Nos últimos tempos, no entanto, o legado do yacht rock começou a ser revisto. Vários de seus artistas passaram a ser redescobertos e valorizados por jovens músicos. No documentário, Christopher Cross revela histórias de seu passado que colocam em xeque a imagem de roqueiro inofensivo, um anti bad boy. Ele conta que financiou trabalhando como traficante a gravação de demos para conquistar o contrato para o primeiro disco. Segundo o cantor, o dinheiro veio dos lucros de um bem-sucedido negócio de venda de maconha.  As drogas tiveram ainda um papel importante na criação do hit Ride Like Wind. Christopher conta que escreveu a letra da canção em meio a uma viagem de LSD. Versos como “correr como o vento para se ver livre novamente” foram inspirados pelo ácido, provando que o tal do yacht rock era também uma viagem da boa. 

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* Todas as notícias são retiradas de fonte de sites conforme informado na última linha “apareceu primeiro em …”

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