Uma Lei criou no Japão o “Dia do Riso”. A ordem é para as pessoas rirem pelo menos uma vez por dia para garantir e melhorar a saúde cardíaca. A novidade foi aprovada na cidade de Yamagata e o “Dia do Riso” foi instituído todo oitavo dia do mês.
Os legisladores do Japão se inspiraram em um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Yamagata. Ele revelou que se rirem, pelo menos uma vez por semana, as pessoas diminuem a probabilidade de problemas cardiovasculares.
Mas essa ação não é a única no país. A província de Hokkaido declarou o dia 8 de agosto como o “dia do riso”. Esta data em japonês soa como “haha”. Já a Prefeitura de Osaka também implementou alguns programas para promover a saúde por meio do riso.
Estudo científico
A pesquisa da Universidade de Yamagata foi publicada na revista científica Journal of Epidemiology em 2019.
O estudo envolveu 17.152 pessoas cuja média de idade era de 40 anos. Eles preencheram um questionário registrando a frequência com que riam e sua saúde. A frequência cardíaca deles foi monitorada por anos.
“A frequência diária de risos representa um fator de risco independente para mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares na população geral japonesa”, diz o artigo científico.
“Nossas descobertas sugerem que aumentar a frequência do riso pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e aumentar a longevidade”, acrescenta.
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Sugestão, não obrigação
“A portaria não força as pessoas a rir. Ela também enfatiza o respeito pela decisão pessoal de um indivíduo”, afirmou Kaori Ito, membro do Conselho Municipal de Yamagata e responsável pela criação da nova lei, em resposta a outros políticos que criticaram a decisão.
Toru Seki, do rival Partido Comunista Japonês, reagiu à medida: “Rir ou não rir é um dos direitos humanos fundamentais garantidos pela constituição em relação à liberdade de pensamento e credo, bem como à liberdade interior”, disse.
Para Satoru Ishiguro, da coalizão Politics Club, a lei agride os direitos individuais. “Os direitos humanos daqueles que têm dificuldades para rir devido a doenças ou outros motivos não devem ser prejudicados.”
O especialista constitucional Shigeru Minamino, da Universidade de Kyushu, pediu aos políticos que parem de ser “ridículos”, diz o Daily Mail.
Brigas à parte, o que importa na vida é ser feliz e rir quando quiser.