A juíza Helenice Rangel, da 3ª Vara Cível de Campos, foi alvo de ataques racistas em uma petição assinada pelo advogado José Francisco Barbosa Abud. No documento, o advogado referiu-se à magistrada como “afrodescendente com resquícios de senzala e recalque”, mencionando ainda uma suposta “memória celular dos açoites”.
De acordo com informações, o advogado já vinha adotando comportamentos inadequados, enviando e-mails com tom debochado e desrespeitoso, especialmente direcionados a magistradas e servidoras.
Diante desse histórico, a juíza Helenice Rangel declarou-se suspeita para continuar no caso, que foi redistribuído ao juiz Leonardo Cajueiro Azevedo. Este, por sua vez, encaminhou o caso ao Ministério Público e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para investigação, considerando possíveis crimes de racismo, injúria racial e apologia ao nazismo.
A OAB/RJ instaurou um procedimento disciplinar para apurar as infrações éticas cometidas pelo advogado. Ele poderá enfrentar sanções disciplinares, além de responder criminalmente pelas ofensas proferidas.
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