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Instituída pela Lei nº 10.439/2002, a data de 26 de abril é marcada pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Seu principal objetivo é conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença.
Em 2023, o Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro registrou recorde de atendimentos ambulatoriais, com 2.585.746 registros na população acima de 20 anos.
Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) indica crescimento de 49% nesses atendimentos, já que em 2022 foram 1.731.373 acolhimentos. Os dados são do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), do Ministério da Saúde.
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
“A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca”, explica o cardiologista da SES-RJ Antonio Ribeiro.
Apenas neste ano, 20.405 atendimentos de emergência foram realizados nas UPAs da rede estadual de saúde. Em 2023, foram 76.126 registros. De acordo com o Ministério da Saúde, o problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como destaca a coordenadora de Vigilância e Promoção da Saúde da SES-RJ, Eralda Ferreira.
“Os principais fatores de risco para hipertensão arterial são a má alimentação, com alimentos muito salgados, ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gordura, que pode também causar obesidade. A obesidade também é um fator preditivo para hipertensão. O uso abusivo do álcool e o tabagismo também afetam diretamente a pressão arterial”, alerta.
A hipertensão arterial pode causar um fator de risco intermediário para doenças graves como, insuficiência cardíaca, o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral.
“É importantíssimo que a gente consiga reduzir esses fatores de risco e manter os fatores de proteção, seja uma boa alimentação, uma vida ativa, evitando o tabaco, o uso abusivo do álcool e a obesidade. Com essa proteção, a gente também reduz o risco de óbitos causados indiretamente pela hipertensão, como as causas citadas anteriormente”, detalha.
Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), mostram que 804 pessoas morreram diretamente por causa da hipertensão arterial em 2023, mas o número é muito mais expressivo ao levar outras causas mortes em consideração. Ao todo, foram 6.832 mortes considerando essas causas. A faixa etária mais acometida são de pessoas entre 50 e 69 anos.
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão está muito elevada: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde
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