Um belo exemplo do presidente da Libéria, Joseph Boakai, anunciou que cortará seu salário anual em 40%. O valor de US$ 13 mil (R$ 70 mil) cairá para US$ 8 mil (R$ 43,5 mil), como forma de demonstrar solidariedade social. Os cerca de 5,5 milhões de habitantes do país africano se queixam da inflação e dos baixos salários. Ele está no cargo há seis meses.
Boakai afirmou que quer estabelecer uma “governança responsável” e “solidariedade” social com a população. Esta ação é semelhante à de seu antecessor, George Weah, que também reduziu seu salário em 25%.
A Libéria, na África, é uma país que vive a experiência democrática há pouquíssimo tempo. Até o início dos anos 2000, enfrentava um ciclo de guerras. A pobreza predomina na região. A estimativa é que uma em cada cinco pessoas vive com menos de US$ 2 (cerca de R$ 11,70) por dia.
Mais compensação
Boakai afirmou ainda que dará uma espécie de compensação salarial para os servidores públicos do país.
A reação ocorre no momento em que políticos se queixam da falta de apoio econômico para sua atividades, inclusive para o transporte.
No cargo desde janeiro, Boakai se dedica a corrupção e a má gestão financeira.
O presidente afirmou que fará uma auditoria do gabinete, pois há resultados pendentes da gestão anterior.
Também fortaleceu a Comissão Geral de Auditoria e a Comissão Anticorrupção da Libéria.
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Mais elogios do que críticas
As reações ao corte salarial foram mistas. Houve elogios e dúvidas. Mas representantes de organizações não governamentais apoiaram a medida e destacaram sua importância.
Anderson D. Miamen, do Centro de Transparência e Responsabilidade da Libéria, classificou o corte salarial de “acolhedor”. Para ele, é importante que a sociedade observe que a economia será revertida em benefício da população.
Lawrence Yealue II, que também defende a transparência do governo, descreveu a decisão como “louvável” e enfatizou que a liderança deve começar de cima, segundo a AfricaNews.