Maria Zilda Bethlem conhecida por papéis marcantes em clássicos da teledramaturgia brasileira, como Guerra dos Sexos (1983), Vereda Tropical (1984) e Por Amor (1997), trava atualmente uma batalha judicial contra a Globo.
Globo é alvo de atitude de atriz (Imagem: Reprodução / Globo)
Fora da empresa desde 2016, quando atuou em Êta Mundo Bom, Maria Zilda acusa a emissora de “se apossar” de seus sucessos antigos e lucrar com eles, sem que ela tenha participação adequada.
Em entrevista ao F5, a atriz rebateu a acusação da Globo, que alegou na Justiça que ela tenta “enriquecer ilicitamente” ao pedir revisão dos valores pagos pelas reprises e vendas das novelas em que atuou.
“O que a Globo faz é se apoiar na força dos contratos para perpetuar uma lógica de apropriação indevida: ela se apossou dos meus sucessos antigos e segue lucrando com eles”, afirmou.
Segundo Maria Zilda, quando gravou suas principais obras, o mercado audiovisual era muito diferente: “Não existia streaming nem TV paga nos moldes atuais. Não havia cláusulas prevendo que uma novela estaria disponível para consumo ilimitado, on demand, por milhões de pessoas, a qualquer hora, para sempre”.
Globo reage à atitude de atriz
A Globo, por sua vez, sustenta que as reexibições e vendas estavam previstas nos contratos assinados e anexou comprovantes de pagamento, que somam R$ 218 mil, referentes a reprises realizadas entre 2018 e 2024.
Mesmo assim, Maria Zilda quer que a Justiça estabeleça parâmetros claros para proteger os artistas diante das mudanças do setor. “Não estou lutando só pelo que me é devido — mas para que as próximas gerações de artistas não sejam tratadas como meros fornecedores de material bruto para exploração ilimitada”, afirmou.
A atriz também revelou que o incômodo com a situação foi amadurecido ao longo de anos. “Percebi que as obras que ajudei a construir estavam sendo reexibidas, comercializadas e exploradas sem que eu sequer soubesse como, onde e quanto”, explicou.
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