Conhecido por arrancar risadas do público brasileiro durante décadas, Chico Anysio escondia uma realidade bem diferente dos palcos e estúdios.

Chico Anysio faria 93 anos no fim de semana (Imagem: Divulgação / Globo)

Em entrevista ao canal da jornalista Lisa Gomes no YouTube, o ator e dublador Nizo Neto, filho do humorista, fez revelações impactantes sobre os últimos anos de vida do pai, que enfrentava depressão, frustrações e dependência de remédios.

“Ele acordava às vezes deprimido, era uma coisa funcional. Ele tinha essa depressão funcional. Disse que o maior arrependimento da vida dele foi ser artista”, contou Nizo, ao expor o lado mais íntimo de Chico.

Apesar da imagem pública de gênio do humor, o criador de personagens icônicos como Professor Raimundo, Pantaleão e tantos outros, lidava com melancolia e conflitos internos.

Segundo o filho, a visão romantizada de que comediantes são sempre engraçados não condizia com a realidade.

“As pessoas têm essa imagem que os comediantes são engraçados 24 horas por dia e isso não existe. A grande maioria é gente séria, muitos são melancólicos, e sublimam isso no humor”, explicou.

Filho de Chico Anysio detalha situação que pai vivia

Outro aspecto marcante revelado por Nizo foi o comportamento quase obsessivo de Chico com a saúde. Segundo ele, o humorista era um hipocondríaco não assumido, que preferia injeções a comprimidos e nutria um certo fascínio por hospitais.

“Ele adorava cirurgia, gostava de hospital. Ele era assim, no fundo gostava. Era um cara que pagava um farmacêutico pra aplicar injeção uma vez por semana. Ele não tomava comprimido, e quando tomava parecia que estava ingerindo um tijolo”, detalhou.

Chico Anysio faleceu em março de 2012, aos 80 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos, após complicações respiratórias. Neste último sábado (12), o artista teria completado 93 anos.

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