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Faltando poucos dias para a celebração do Natal, a cozinheira Edmeia Teixeira ainda não tinha feito a lista de compras para preparar a ceia tradicional que serve para sua família de 15 pessoas. Todo ano, ela prefere deixar para a véspera, na esperança de encontrar promoções e preços mais baixos. É preciso mesmo pesquisar e comparar os valores. A cesta de Natal subiu 7,7% em 2024, segundo o Índice de Preços ao Consumidor, divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Em dezembro de 2023, o preço médio foi de R$ 402,45. Este ano, gira em torno de R$ 433,42. Em Campos, o Procon verificou diferença de preços do mesmo produto, como o pimentão, que passa de 300%. Portanto, pesquisar é preciso.
“Na ceia natalina de minha casa não pode faltar salada de frutas, chester, salada de legumes, farofa, refrigerante, sobremesa. Eu não gasto tanto porque a família se junta e contribui. Cada um dá um pouquinho. Aí, dá para economizar. Comparo os preços. Fico vendo na TV as promoções. Se tem promoção, já faço a cotação, vou lá e compro”, diz Edmeia.
Em Campos dos Goytacazes, fiscais do Procon fizeram um levantamento de preços de vários produtos que integram a cesta natalina entre os dias 9 e 11 de dezembro. A variação dos valores em diferentes supermercados pode causar espanto. O menor percentual fica por conta da batata, apenas um por cento de diferença, já que o quilo custa em média R$3,95. No entanto, o pimentão vermelho foi encontrado entre R$14,99 e R$59,99 o quilo. A diferença é de 300,20%.
Outras grandes alterações de preços de produtos envolvem carnes, frutas e verduras. O preço do quilo do bacalhau varia de R$99,90 a R$148,98 (49,13%). O quilo do tender pode custar entre R$ 29,48 e R$ 62,49 (111,97%). O peixe saith custa entre R$38,90 e R$49,90 (28,28%). A menor variação entre as proteínas está no quilo do peru, cotado a R$29 (1,70%) e o chester que custa R$29,98 o quilo, sem variação nos supermercados pesquisados.
O Procon Campos visitou cinco estabelecimentos da cidade e pesquisou 26 produtos, entre os mais consumidos nesta época do ano, com o objetivo de orientar os consumidores a buscarem os preços mais baixos e economizar nas compras. “Ao realizar as pesquisas, nossos fiscais sempre estão acompanhados por um funcionário dos estabelecimentos, que fornece as informações sobre os preços. Após alguns relatos, entramos em contato com os supermercados citados para corrigir possíveis erros e atualizar os preços. as pesquisas são realizadas dentro de um período específico. “No caso da última pesquisa atual, ela foi realizada entre os dias 9 e 11 de dezembro, o que pode explicar variações nos preços em datas posteriores ou até mesmo promoções vigentes no momento da coleta”, explicou Kelly Viter, diretora de Fiscalização do Procon.
Entre os produtos mais caros com diferenças em percentuais estão o damasco (124,03%); castanha portuguesa (145,16%); o tomate (127,59%); pimentão amarelo (180,19%); azeitona verde (106,46%); e o chocotone (115,98%).
A professora Cristina Helena passa o natal com os familiares e costuma gastar de acordo com as condições financeiras. “A gente consome peru, peixes, tudo que é típico na ceia natalina. Eu e minha nora comparamos preços dos supermercados. O que tiver mais barato e com qualidade, a gente leva. Ainda não sei o quanto vamos gastar, pois tudo está caro. Certamente, pagaremos mais do que no ano passado”, finaliza.
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